• Vocês sabiam que toda 4ª quarta-feira de janeiro é o #LibraryShelfieDay? 🤓 A celebração foi criada em 2014 pela Biblioteca Pública de Nova York para encorajar os leitores a compartilhar suas fotos diante das prateleiras de uma biblioteca ou da sua própria estante de livros.
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📚 Neste ano, a editora Twinkl convidou vários criadores de conteúdo para participar de uma versão diferente da brincadeira: com as bibliotecas fechadas por causa da pandemia, a ideia então é indicar uma leitura para 2021!
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✨ Eu tinha vários livros em mente, mas resolvi falar de um que traz um recado tão poderoso, que inspira e faz pensar, ideal para este momento que estamos vivendo...
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📚 A minha indicação é Brechó, do Michael Zadoorian. Ao contar a trajetória do Richard, o dono de um brechó nos seus trinta e poucos anos, solitário e considerado um tanto excêntrico pelos demais, o livro nos leva numa jornada pela nostalgia e pela história impregnada nos objetos de segunda mão.
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📚 Além de trazer uma narrativa deliciosa, Brechó também fala sobre a morte (e como é difícil lidar com ela), sobre as fragilidades e a bagagem emocional que carregamos. E que, muitas vezes, é preciso deixar algumas coisas para trás para poder seguir adiante.
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📚 Uma coisa que eu adoro nessa história é como o protagonista e uma outra personagem, a Theresa, aprendem a se ajudar, a encarar seus traumas e a tornar a bagagem do outro mais leve. 👉 Este é um daqueles livros que eu colocaria na lista dos que todo mundo deveria ler em algum momento da vida! 🥰
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📌 Passem lá no blog da Twinkl para ver as indicações muitooo especiais de toda a galera que participou! O link tá nos stories (e na bolinha “Miscelânea” nos destaques)!
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✨ E finalizo aqui na torcida para que logo estejamos todos vacinados e de volta nas bibliotecas e livrarias! 🍃
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    Vocês sabiam que toda 4ª quarta-feira de janeiro é o #LibraryShelfieDay? 🤓 A celebração foi criada em 2014 pela Biblioteca Pública de Nova York para encorajar os leitores a compartilhar suas fotos diante das prateleiras de uma biblioteca ou da sua própria estante de livros. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📚 Neste ano, a editora Twinkl convidou vários criadores de conteúdo para participar de uma versão diferente da brincadeira: com as bibliotecas fechadas por causa da pandemia, a ideia então é indicar uma leitura para 2021! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ✨ Eu tinha vários livros em mente, mas resolvi falar de um que traz um recado tão poderoso, que inspira e faz pensar, ideal para este momento que estamos vivendo... ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📚 A minha indicação é Brechó, do Michael Zadoorian. Ao contar a trajetória do Richard, o dono de um brechó nos seus trinta e poucos anos, solitário e considerado um tanto excêntrico pelos demais, o livro nos leva numa jornada pela nostalgia e pela história impregnada nos objetos de segunda mão. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📚 Além de trazer uma narrativa deliciosa, Brechó também fala sobre a morte (e como é difícil lidar com ela), sobre as fragilidades e a bagagem emocional que carregamos. E que, muitas vezes, é preciso deixar algumas coisas para trás para poder seguir adiante. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📚 Uma coisa que eu adoro nessa história é como o protagonista e uma outra personagem, a Theresa, aprendem a se ajudar, a encarar seus traumas e a tornar a bagagem do outro mais leve. 👉 Este é um daqueles livros que eu colocaria na lista dos que todo mundo deveria ler em algum momento da vida! 🥰 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📌 Passem lá no blog da Twinkl para ver as indicações muitooo especiais de toda a galera que participou! O link tá nos stories (e na bolinha “Miscelânea” nos destaques)! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ✨ E finalizo aqui na torcida para que logo estejamos todos vacinados e de volta nas bibliotecas e livrarias! 🍃
  • Você acha que absorve um livro de forma imparcial? Pois uma das minhas leituras mais recentes, Damas da Lua, da autora omani Jokha Alharti, me esfregou na cara que é impossível (sim, eu disse impossível) não nos deixarmos “contaminar” por nossas próprias crenças e vivências na hora de interpretar uma leitura.
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🌚 As atitudes dos personagens, suas falas e sentimentos, os acontecimentos e elementos que os influenciam e, claro, a própria trama, vão adquirindo um significado na nossa cabeça à medida que a gente lê e se envolve com a história. Criamos uma relação com isso tudo, interpretamos e julgamos o que cada página traz.
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🌚 Mas essa interpretação/julgamento é invariavelmente moldado por quem nós somos, por nossa própria história e nossas vivências, pela cultura na qual crescemos, pelo lugar onde moramos. Isso fica ainda mais evidente quando lemos autores de um país e cultura muito diferentes dos nossos.
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🖤 E, como falei, essa percepção ficou ainda mais clara para mim com a leitura de Damas da Lua. Esse livro é de uma beleza que não é deste mundo (sério, vocês precisam ler! 😱) e quase fez minha cabeça implodir quando notei que eu tinha criado na minha mente toda uma verdade para os personagens e suas histórias que, de repente, pode nem ser que seja mesmo assim dentro daquela cultura, daquele país. Louco isso, não?!
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💭 Mantive minha opinião, mas certa de que ela é apenas isso: minha opinião. Enxerguei uma infelicidade e um peso tão grande naquelas existências, nas tradições... mas será que talvez alguma coisa disso não seja, para eles, sinônimo de uma espécie de realização? Algo a se pensar. 🤔
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😉 O mais importante, no fim, é a gente perceber que nenhuma verdade é absoluta quando dentro desse bolo todo há outras culturas, outros povos, outros valores e perspectivas.
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📺 Falei sobre essa minha percepção na resenha de Damas da Lua, que já tá no canal – link no meu perfil. Assiste lá?! 😍
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❓ Vocês sentem muita dificuldade de se distanciar das suas próprias vivências ao ler/interpretar/julgar um livro?
📚 Com qual livro vocês mais sentiram isso?
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    Você acha que absorve um livro de forma imparcial? Pois uma das minhas leituras mais recentes, Damas da Lua, da autora omani Jokha Alharti, me esfregou na cara que é impossível (sim, eu disse impossível) não nos deixarmos “contaminar” por nossas próprias crenças e vivências na hora de interpretar uma leitura. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌚 As atitudes dos personagens, suas falas e sentimentos, os acontecimentos e elementos que os influenciam e, claro, a própria trama, vão adquirindo um significado na nossa cabeça à medida que a gente lê e se envolve com a história. Criamos uma relação com isso tudo, interpretamos e julgamos o que cada página traz. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌚 Mas essa interpretação/julgamento é invariavelmente moldado por quem nós somos, por nossa própria história e nossas vivências, pela cultura na qual crescemos, pelo lugar onde moramos. Isso fica ainda mais evidente quando lemos autores de um país e cultura muito diferentes dos nossos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🖤 E, como falei, essa percepção ficou ainda mais clara para mim com a leitura de Damas da Lua. Esse livro é de uma beleza que não é deste mundo (sério, vocês precisam ler! 😱) e quase fez minha cabeça implodir quando notei que eu tinha criado na minha mente toda uma verdade para os personagens e suas histórias que, de repente, pode nem ser que seja mesmo assim dentro daquela cultura, daquele país. Louco isso, não?! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 💭 Mantive minha opinião, mas certa de que ela é apenas isso: minha opinião. Enxerguei uma infelicidade e um peso tão grande naquelas existências, nas tradições... mas será que talvez alguma coisa disso não seja, para eles, sinônimo de uma espécie de realização? Algo a se pensar. 🤔 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 😉 O mais importante, no fim, é a gente perceber que nenhuma verdade é absoluta quando dentro desse bolo todo há outras culturas, outros povos, outros valores e perspectivas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📺 Falei sobre essa minha percepção na resenha de Damas da Lua, que já tá no canal – link no meu perfil. Assiste lá?! 😍 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ❓ Vocês sentem muita dificuldade de se distanciar das suas próprias vivências ao ler/interpretar/julgar um livro? 📚 Com qual livro vocês mais sentiram isso?
  • A primeira live do projeto #LendoMurakamiEm2021 já tem dia e hora para acontecer! 😍 Vamos bater um papo sobre a nossa primeira leitura: Ouça a Canção do Vento & Pinball, 1973 — as duas novelas inaugurais do Haruki Murakami.
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Essa também vai ser a primeiríssima live do canal no YT em dez anos 🎉 (nunca fiz antes porque sempre tive receio de flopar, e ainda tenho kkkk), mas se eu não resolver tentar nunca vou fazer, né não?!? 🤓
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Então anota aí:
🗓 quinta-feira, 28 de janeiro
⏰ às 20h30
📺 YouTube (canal Livro Lab por Aline T.K.M.)
📌 ativa o lembrete para ser avisado no dia! (É só clicar no link do meu perfil, e depois no primeiro item: “LIVE Murakami”.)
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Espero vocês lá!!! 🥰
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    A primeira live do projeto #LendoMurakamiEm2021 já tem dia e hora para acontecer! 😍 Vamos bater um papo sobre a nossa primeira leitura: Ouça a Canção do Vento & Pinball, 1973 — as duas novelas inaugurais do Haruki Murakami. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Essa também vai ser a primeiríssima live do canal no YT em dez anos 🎉 (nunca fiz antes porque sempre tive receio de flopar, e ainda tenho kkkk), mas se eu não resolver tentar nunca vou fazer, né não?!? 🤓 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Então anota aí: 🗓 quinta-feira, 28 de janeiro ⏰ às 20h30 📺 YouTube (canal Livro Lab por Aline T.K.M.) 📌 ativa o lembrete para ser avisado no dia! (É só clicar no link do meu perfil, e depois no primeiro item: “LIVE Murakami”.) ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Espero vocês lá!!! 🥰
  • Gosta de um bom realismo mágico? É um dos gêneros que eu mais amo ler! 😍 E esse livro aí da foto é um que atiçou a minha curiosidade e vai estar entre as minhas leituras futuras - a bem da verdade, confesso que já andei lendo uns três contos dele hihi.
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📖 O Olho Esquerdo traz 15 contos que, em cenários de ares longínquos, às vezes quase perdidos no tempo, nos falam sobre o amor, os laços familiares, a esperança que renasce a cada dia quando tudo o mais é estéril; mas também falam de solidão, do tempo que passa e não volta mais, da morte.
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🍃 São histórias que vêm povoadas tanto por gente comum quanto pelos tipos mais peculiares. Numa linha ou em outra, não raro trombamos com a presença de um Edgar Allan Poe, um David Bowie, um Judas Iscariotes, uma Joana d’Arc, um poeta misterioso dentro de um trem. Até as melodias dos Beatles e o injustiçado Cyrano ganham suas menções ao longo das 230 páginas.
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💭 As metáforas e o realismo mágico atravessam os contos, uma promessa de inúmeros pontos de interrogação a serem plantados na mente do leitor. Esse brincar com a realidade, um aspecto por vezes onírico, é o que mais me encanta no gênero, e o que li até agora correspondeu em cheio com isso!
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🛶 Ainda, não posso deixar de mencionar que a capa e depois também o conto que dá título ao livro me remeteram um tantinho ao inesquecível “A terceira margem do rio”. A história tema deste livro foi uma das que já li, e achei impossível resistir à vontade de ler o conto do Guimarães Rosa logo em seguida.
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SOBRE O AUTOR
André Alvez é cronista na coluna “Beba das crônicas”, no jornal eletrônico Campo Grande News, e também foi cronista no jornal Correio do Estado, de Campo Grande (MS). Autor de O Santo de Cicatriz e A Bruxa da Sapolândia, O Olho Esquerdo é seu sexto livro e é publicado pela editora Patuá.
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‼️ Fica aqui a minha recomendação! No site da editora (link no destaque “O Olho Esquerdo”) tem uma amostra do livro. Vale dar aquela conferida; tenho certeza de que vocês vão curtir!
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    Gosta de um bom realismo mágico? É um dos gêneros que eu mais amo ler! 😍 E esse livro aí da foto é um que atiçou a minha curiosidade e vai estar entre as minhas leituras futuras - a bem da verdade, confesso que já andei lendo uns três contos dele hihi. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 📖 O Olho Esquerdo traz 15 contos que, em cenários de ares longínquos, às vezes quase perdidos no tempo, nos falam sobre o amor, os laços familiares, a esperança que renasce a cada dia quando tudo o mais é estéril; mas também falam de solidão, do tempo que passa e não volta mais, da morte. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🍃 São histórias que vêm povoadas tanto por gente comum quanto pelos tipos mais peculiares. Numa linha ou em outra, não raro trombamos com a presença de um Edgar Allan Poe, um David Bowie, um Judas Iscariotes, uma Joana d’Arc, um poeta misterioso dentro de um trem. Até as melodias dos Beatles e o injustiçado Cyrano ganham suas menções ao longo das 230 páginas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 💭 As metáforas e o realismo mágico atravessam os contos, uma promessa de inúmeros pontos de interrogação a serem plantados na mente do leitor. Esse brincar com a realidade, um aspecto por vezes onírico, é o que mais me encanta no gênero, e o que li até agora correspondeu em cheio com isso! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🛶 Ainda, não posso deixar de mencionar que a capa e depois também o conto que dá título ao livro me remeteram um tantinho ao inesquecível “A terceira margem do rio”. A história tema deste livro foi uma das que já li, e achei impossível resistir à vontade de ler o conto do Guimarães Rosa logo em seguida. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ SOBRE O AUTOR André Alvez é cronista na coluna “Beba das crônicas”, no jornal eletrônico Campo Grande News, e também foi cronista no jornal Correio do Estado, de Campo Grande (MS). Autor de O Santo de Cicatriz e A Bruxa da Sapolândia, O Olho Esquerdo é seu sexto livro e é publicado pela editora Patuá. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ‼️ Fica aqui a minha recomendação! No site da editora (link no destaque “O Olho Esquerdo”) tem uma amostra do livro. Vale dar aquela conferida; tenho certeza de que vocês vão curtir! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ /Publicidade/
  • Recentemente embarquei em Damas da Lua, da autora omani Jokha Alharti, e o que encontrei não foi menos que arrebatador.
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🌙 No vilarejo de Alawafi, em Omã, acompanhamos três irmãs (Mayya, Assmá e Khawla) e suas decepções, esperanças, a vida familiar, suas dores amorosas e conjugais.
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🌙 Juntam-se a elas outros tantos personagens, especialmente mulheres, cujas histórias mostram uma vida pautada em tradições, em contraste com a modernidade. Enquanto no pós-parto as mulheres não podem tomar banho nem fazer refeições em família, elas vão à faculdade; enquanto a vida acontece numa aldeiazinha, um personagem narra suas memórias durante um voo de avião.
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🌙 Damas da Lua transita pelo tempo e entre gerações. Cada capítulo se debruça sobre um personagem, numa alternância que por vezes é abrupta, mas sempre interessante.
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🧕 Duas coisas se destacaram para mim. A primeira: as presenças femininas. Ainda que oprimidas, elas suportam com coragem o peso da família e o das próprias frustrações.
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🫀 A segunda coisa: os personagens não são felizes – arrisco dizer, com a visão de alguém que vive no mundo e na cultura ocidentais. Cada um deles tem em si um universo não compartilhado, e a solidão é gigante. Sem falar que são massacrados pelas tradições e pela religião. Contudo, a humanidade com que a autora conta essas trajetórias é algo lindo de ver, e de sentir.
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🌙 Aliás, foi com o sensível Damas da Lua que Jokha Alharti ganhou o Man Booker International Prize em 2019 – a primeira mulher de língua árabe a vencer o prêmio.
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🌙 Não posso deixar de enaltecer a tradução direto do árabe pela professora, pesquisadora e tradutora premiada Safa Jubran, que também assina o prefácio. Com certeza devemos a ela (além da própria autora) a experiência encantadora de ler esse livro, cujo texto é marcado pela oralidade, e adentrar um lugar e uma cultura pouco conhecidos por nós. E, claro, à @editoramoinhos, por fazer com que tudo isso chegue às nossas mãos.
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✨ Sem mais, recomendo muito, muito fortemente!
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    Recentemente embarquei em Damas da Lua, da autora omani Jokha Alharti, e o que encontrei não foi menos que arrebatador. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌙 No vilarejo de Alawafi, em Omã, acompanhamos três irmãs (Mayya, Assmá e Khawla) e suas decepções, esperanças, a vida familiar, suas dores amorosas e conjugais. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌙 Juntam-se a elas outros tantos personagens, especialmente mulheres, cujas histórias mostram uma vida pautada em tradições, em contraste com a modernidade. Enquanto no pós-parto as mulheres não podem tomar banho nem fazer refeições em família, elas vão à faculdade; enquanto a vida acontece numa aldeiazinha, um personagem narra suas memórias durante um voo de avião. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌙 Damas da Lua transita pelo tempo e entre gerações. Cada capítulo se debruça sobre um personagem, numa alternância que por vezes é abrupta, mas sempre interessante. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🧕 Duas coisas se destacaram para mim. A primeira: as presenças femininas. Ainda que oprimidas, elas suportam com coragem o peso da família e o das próprias frustrações. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🫀 A segunda coisa: os personagens não são felizes – arrisco dizer, com a visão de alguém que vive no mundo e na cultura ocidentais. Cada um deles tem em si um universo não compartilhado, e a solidão é gigante. Sem falar que são massacrados pelas tradições e pela religião. Contudo, a humanidade com que a autora conta essas trajetórias é algo lindo de ver, e de sentir. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌙 Aliás, foi com o sensível Damas da Lua que Jokha Alharti ganhou o Man Booker International Prize em 2019 – a primeira mulher de língua árabe a vencer o prêmio. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 🌙 Não posso deixar de enaltecer a tradução direto do árabe pela professora, pesquisadora e tradutora premiada Safa Jubran, que também assina o prefácio. Com certeza devemos a ela (além da própria autora) a experiência encantadora de ler esse livro, cujo texto é marcado pela oralidade, e adentrar um lugar e uma cultura pouco conhecidos por nós. E, claro, à @editoramoinhos, por fazer com que tudo isso chegue às nossas mãos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ✨ Sem mais, recomendo muito, muito fortemente!